domingo, 22 de outubro de 2017


Políticas de ação afirmativa na universidade: reafirmações, tensões, algo do que dizem sobre o nosso tempo


Alexandre Fernandez Vaz

Há algumas semanas noticiou-se a forte suspeita de que haveria na Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) processos de fraude na autoidentificação relativa às cotas étnico-raciais para o ingresso no curso de Medicina. Indivíduos notadamente não negros haveriam se declarado como tais na tentativa (bem-sucedida) de ingresso em um dos melhores cursos de formação do país. No presente momento, discute-se na Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), mais no interior do movimento social do que nas instâncias administrativas da instituição, o impacto do acolhimento de pessoas com deficiência como cotistas, sem que haja uma expansão das vagas preferenciais, o que resulta, na prática, na diminuição do número de vagas para os grupos sociais que vêm sendo contemplados nos últimos anos. Em outra Federal, a do Maranhão (UFMA), parece que houve fraude também no ingresso no curso de Medicina, mas desta vez entre candidatos que teriam declarado ter feito toda sua escolarização em escolas públicas.

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