segunda-feira, 19 de março de 2018

Walter Casagrande Junior
Alexandre Fernandez Vaz


Sempre gostei de viajar. Nas inúmeras vezes em que transitei entre Florianópolis e São Paulo, não foram poucas as que embarquei ou desembarquei em Congonhas. Algumas delas foram marcantes, como quando, pouco antes de subir a um avião da Varig e ir para a Ilha de Santa Catarina, dei uma longa entrevista para João Zanforlin, que visitei no estúdio que a Rádio Bandeirantes tinha no próprio aeroporto. Eu quebrara um recorde importante na noite anterior, na pista de atletismo do Ibirapuera, e o jornalista me recebeu junto com um primo de meu pai, que me levara para tomar o avião. Naquela época, em Florianópolis, ouvíamos no carro a cada manhã, a caminho da escola, o programa em que Zanforlin anunciava as condições do tempo e o sobe e desce das aeronaves, com uma entonação alegre, mas não excessiva, chamando os Jumbos, Boeings e Electras de “pássaros de prata”. Até hoje, quando entro em um avião, me lembro dessa que é, final das contas, uma bela saudação a Ícaro.

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