Guias-corredores no atletismo
Wagner Xavier de Camargo
Baiano realizando alongamento antes de sua prova, num evento no Ibirapuera/SP, em 1994. Foto: Wagner Camargo.
A primeira vez que conheci um atleta cego foi num idílico pôr do sol, em dezembro de 1993, dia em que me impressionei com o fato de uma pessoa sem visão praticar atletismo. A confluência de destinos que provocou o encontro de um moleque estudante e de um atleta paralímpico em formação transformaria nossas vidas. Ali começava muito mais do que uma simples amizade: nossa relação era de parceria, companheirismo, de uma cumplicidade que é difícil encontrar, inclusive, em casamentos ou vínculos fraternais. Era tudo isso e muito mais, acoplado ao prazer de correr juntos.
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