Para pensar a produção e a avaliação nas Humanidades
Alexandre Fernandez Vaz
Quem no Brasil frequentou a pós-graduação em um programa de Humanidades nos anos 1990 viu o sistema experimentar mudanças importantes em sua estrutura e mentalidade. A massiva aposentadoria de professores nas universidades federais naquela década abriu espaço para uma nova geração de colegas que ingressavam no quadro docente portando o título de mestre. Alguns cursavam o doutorado, outros logo o começariam, o que veio a constituir um corpo de doutores com potencial de pesquisa, docência e orientação na pós-graduação. Foi se tornando cada vez mais incomum a presença de professores universitários na condição de alunos de mestrado, passando este nível a receber com mais frequência pessoas muito jovens, algumas recém-saídas da graduação e da experiência da iniciação científica. Os programas se multiplicaram, e entre os já antes existentes muitos se ampliaram, passando a acolher candidatos ao doutorado. De forma concomitante, aumentaram a rigidez com os prazos de conclusão de teses e dissertações, o controle da produção acadêmica, as exigências de internacionalização. Introduziu-se a Plataforma Lattes.
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