segunda-feira, 24 de agosto de 2020

 Goleadas, ditadura, “honra”

Alexandre Fernandez Vaz

Seleção da Argentina em 1978. Foto: Wikipédia

Ninguém gosta que seu time perca, muito menos de goleada. Muitos gols de diferença eliminam a possibilidade de argumentar que se não tivesse isso ou aquilo acontecido, o resultado poderia ter sido outro, levando à vitória do derrotado. As goleadas ficam para a história e na memória dos torcedores, sendo narradas com júbilo ou sentidas como chaga que não se fecha. Lembro-me de criança assistir a um Flamengo X Botafogo (1981) em que o primeiro mandou seis gols para a meta alvinegra, impulsionado pela torcida que rogava a vingança pela derrota, com placar igual, nove anos antes. Recordo-me ainda de que uma vez no estádio da Ressacada, em Florianópolis, em um clássico local, Avaí X Figueirense, quando torcedores locais insultavam os suplentes do adversário enquanto eles trocavam passes próximo do alambrado no intervalo do jogo. As agressões verbais se avolumaram quando um dos jogadores apontou o número quatro com uma das mãos, aludindo ao placar de uma partida recente entre os dois quadros.

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