segunda-feira, 5 de outubro de 2020

 Diego Maradona, Andrés D’Alessandro: pelo fim das fronteiras

Alexandre Fernandez Vaz

Foto: Wikipédia


Em maio de 2006 eu viajava em carro de amigos do Aeroparque, em Buenos Aires, para La Plata, meia centena de quilômetros ao sul da capital do país. Viéramos de Córdoba. Era um final de tarde de domingo e no rádio escutávamos a cobertura da rodada do Torneio Clausura. Lá pelas tantas chega à cabine em que narradores e comentaristas debatiam futebol nada menos que Diego Armando Maradona, então treinador da seleção nacional. Havia muito medo – às vezes, velado, às vezes, explícito – de que a Celeste y Blanca não se classificasse para a Copa que seria jogada na Alemanha, mas El Diez é eterno e inquestionável em seu país natal, então o clima é dos melhores no bate-papo que segue. Os comentários são descontraídos e com toque irônico, como costuma ser a conversa futebolística no país vizinho, e a provocação veio na forma de um questionamento – “Eh Diego, te pusiste la camiseta de Brasil?!” – aludindo à propaganda de um refrigerante brasileiro cuja narrativa sugeria que o craque o consumira em grande volume, trazendo como efeito o pesadelo de que perfilava pelas cores verde e amarela, prestes a atuar pelo rival sul-americano. A resposta foi tranquila: “La primera vez que me puse la camiseta de Brasil fue el año 90, la de mi amigo Antônio Careca”.

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