quinta-feira, 25 de janeiro de 2018

Alexandre Fernandez Vaz (parte 2)

Equipe Ludopédio por Sérgio Settani Giglio.



Voltando para a questão da Teoria Crítica do esporte, você considera que ela é feita no Brasil por pesquisadores brasileiros ou essa dimensão da Teoria Crítica fica ainda em segundo plano nas análises?

Haveria que perguntar o que é Teoria Crítica. Uma Teoria Crítica eu penso que é aquela que analisa uma sociedade em movimento, em suas contradições. No caso do esporte, a gente tem alguns problemas frente aos quais uma Teoria Crítica possa se colocar. Teoria Crítica não é simplesmente falar mal do esporte ou expressar uma espécie de repulsão ao fenômeno. Houve um momento em que se chamou de Teoria Crítica do Esporte, na Europa e nos Estados Unidos, uma certa abordagem, ou seja, um movimento intelectual e político que pegou a orientação frankfurtiana mais clássica e a transportou para o esporte. Houve dois grandes autores nesse processo. Um é o Bero Rigauer, na Alemanha, que fez um livro muito importante chamado Esporte e trabalho, o qual foi traduzido ao inglês, Sport and work, pelo Allen Guttman. Outro é o Jean-Marie Brohm, na França. Ele, agora, acabou de lançar outro livro sobre Teoria Crítica do Esporte. É um caso curioso o Jean-Marie Brohm. Faz cinquenta anos que ele escreve exatamente a mesma coisa, para o bem ou para o mal.

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