segunda-feira, 25 de fevereiro de 2019

Viver e morrer em alojamentos esportivos
Alexandre Fernandez Vaz

Ninho do Urubu. Foto: Gilvan de Souza/Flamengo.


Assisti a Zico certa vez contar das coisas que os fãs faziam para lhe homenagear. Uma delas era dar aos filhos nomes que se referissem ao grande ídolo rubro-negro. Muito agradecido, ele pedia que as crianças fossem batizadas de Arthur, seu nome civil, e não com expressões bizarras como “Zico Mengo”. Esta história me veio à memória há poucos dias, quando li detalhes sobre o incêndio que matou os dez meninos alojados no Ninho do Urubu, centro de treinamento do Clube de Regatas do Flamengo, em Vargem Grande, Rio de Janeiro. Um deles se chamava Arthur, precisamente em homenagem a maior camisa 10 da Gávea. Outro tinha o nome de Rykelmo, em referência a alguém que envergou o mesmo número mítico, mas como astro do Boca Juniors, Juan Román Riquelme.


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