Driblando a exclusão: futebolistas trans negros
Wagner Xavier de Camargo
Do ponto de vista do “lugar de fala”, não tenho o direito de me expressar por um atleta negro. Afinal, nem que queira dizer que tenho raízes africanas e indígenas na família, em vista de ser branco, pouca gente acreditaria. Além disso, nunca sofri racismo ou fui marcado pela cor da pele. Sequer posso me colocar no lugar de uma pessoa transgênero ou intersexo, principalmente por ser homem cisgênero, alguém que concorda com o gênero a mim imposto no nascimento. Ainda como gay também nem penso em “defender-lhes” de discriminações, pois isso seria algo colonialista. Como aliado, tento entender a negritude, transgeneridade e a intersexualidade sem passar por elas na carne, mas reconhecendo a importância de suas existências.
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